Compartilhe:
Juçara Gorski Brittes é professora aposentada da Universidade Federal de Ouro Preto, Doutora em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, com atuação na área de Comunicação/Jornalismo e ênfase em políticas de comunicação, esfera pública e crítica de mídia.
*** Continua depois da publicidade ***
Na Entrevista Primaz desta semana, Juçara Brittes, professora aposentada da UFOP, fala sobre Direito à Comunicação, fake news e dos trabalhos que o Coletivo Mica (Mídia, Identidade, Cultura e Arte) desenvolveu e vem desenvolvendo junto às comunidades de Mariana e Brumadinho, diretamente afetadas pelos rompimentos de barragens.
A gravação foi feita no dia 18 de junho e contou com a participação dos jornalistas Luiz Loureiro, Marcelo Sena, Lui Pereira e da estudante de Jornalismo Mariana Paes.
Confira a seguir algumas declarações de Juçara Brittes e acesse a íntegra da entrevista em vídeo, ou somente áudio, nos links abaixo.
Quase 20 anos depois de iniciar minha carreira no Jornalismo, já professora da Universidade Federal do Espírito Santo, resolvi vir para cá. Meus filhos estavam trabalhando em Belo Horizonte e, também por motivos do coração. Além dos filhos, pintou o grande amor da minha vida. Um amor maduro.
Foi difícil, mas os desafios eram materiais. É muito gratificante porque o curso sempre foi muito bem avaliado. Um dos mais bem avaliados do Brasil, inclusive.
Apesar das fake news, o fato é que o jornalismo verdadeiro, o jornalismo que a gente a gente ensina, que a gente aprende, esse está sendo reconhecido e valorizado.
Agora fica provado que é preciso sim aprender Ética, aprender técnica de comunicação para poder apurar bem os fatos.
A liberdade de expressão tem vários limites. O primeiro deles é a questão da verdade.
Mais que uma falácia, é um crime incitar as pessoas ao ódio a partir de coisas inventadas, de mentiras.
Era para ser só uma experiência, mas foi tão interessante e teve uma participação tão importante, que ficou claro que tinha que ser perene.
Eu não vejo acontecer essa troca de experiência, a não ser entre alguns movimentos que promovem ações em Brumadinho, como o MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens).
A primeira coisa que se esperava era que não acontecesse mais, que se evitasse outro desastre.E agora, o quê é que vem pela frente?
Eu tenho convicção que o local e o regional é a saída. Isso tende a se fortalecer e eu espero que se fortaleça.Porque isso quebra esse monopólio perverso que mantém o ponto de vista único.