- Mariana
Rinha do Estadual fomenta cultura hip-hop no bairro Cabanas
Quarta edição do evento é uma parceria entre Movimento TT1 e Festeco
- Marina Ferreira
- Supervisão: Luiz Loureiro
No último sábado (02), a Escola Estadual João Ramos Filho foi palco de mais uma edição da Rinha do Estadual, que teve sua primeira edição em 2019 e é organizada pelo Movimento TT1, em parceria com o Festival de Teatro Comunitário de Mariana (Festeco). A programação contou com oficinas de grafite e literatura africana, desfile afro, percussão com o coletivo Rosa Negra, performance do grupo de teatro Caminho do Sol, sarau e batalha de rima, além de feira de ciências realizada pelos alunos da escola. O Movimento TT1 é um coletivo artístico de Mariana que busca participar e promover eventos culturais ligados ao hip-hop.
O objetivo do evento é oferecer um espaço de expressão artística para os alunos e a comunidade. A 1ª edição da Rinha do Estadual aconteceu em 2019, por iniciativa da própria Escola Estadual João Ramos Filho. Em 2021, de acordo com Elli Gee, integrante do Movimento TT1, foi feita uma parceria entre ex-alunos e a direção da escola, com a participação da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Na edição daquele ano, foram realizadas leituras de poemas, batalhas de slam e de rima, com os participantes concorrendo a premiações.
Na 4ª edição, que ocorreu no último sábado (02), houve ainda mais valorização da cultura africana, grafite e apresentação teatral do grupo Caminho do Sol.
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Confira alguns registros do evento:
Origem da Rinha do Estadual
“Depois das oficinas, fizemos a primeira apresentação do Movimento TT1, que, ‘pra’ mim é a data de quando [o Movimento TT1] foi fundado”, contou Elli Gee sobre a consolidação do grupo. “O objetivo era trazer uma ideologia dos anos 90 e começo dos anos 2000 e, hoje em dia, não é mais um grupo de rap, mas sim um movimento cultural de Mariana”, completou. Elli Gee foi o primeiro a entrar no grupo, após já formado.
Como o rap já tinha uma marca forte em sua vida, ele acabou se interessando. “Nada eu movimentei sozinho, mas no Rinha do Estadual, fui na escola, conversei com o pessoal da pedagogia. Queria englobar certas atividades ‘pra’ propor tanto ‘pro’ pessoal do Ensino Médio, quanto fora da escola. Acabou que virou um evento anual. Eu fazia por amor. Eu não canto rap, eu vivo um”. Atualmente, Elli Gee reside em São Paulo, mas guarda grandes lembranças de sua participação no Movimento TT1, o que ainda acontece, mesmo que remotamente.
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