O desafio de manter a renda e a reinvenção dos negócios de Mariana

100 dias de Covid-19 em Mariana e os impactos na economia local

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Restaurantes apostam na combinação delivery e Whatsapp para tentar manter faturamento. Foto: Marcelo Sena/Agência Primaz

Entre lives e decretos, a população de Mariana tem acompanhado flexibilizações e endurecimentos das medidas de isolamento social executadas pelas autoridades da cidade. A pandemia trouxe incertezas para toda a cadeia produtiva: empresários, comerciantes, autônomos, empregados, trabalhadores informais e desempregados.

Nesta sessão do Especial 100 dias de Covid-19 em Mariana, a Agência Primaz de Comunicação analisa os desafios enfrentados pelos trabalhadores da cidade, além de abordar as inovações que os negócios foram obrigados a implantar diante das mudanças no padrão de consumo do marianense confinado.

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Emprego e renda

Os primeiros impactos econômicos da pandemia em Mariana por autônomos e trabalhadores informais, que ficaram sem trabalho e sem renda diante da pandemia de Covid-19. Os trabalhadores que conseguiram manter seus empregos tiveram que se adaptar às mudanças nas relações de trabalho diante da Covid-19.

Com o aprofundamento da crise causada pelo coronavírus, os impactos também foram percebidos pelos estabelecimentos comerciais de Mariana. Assim, no início de maio, a prefeitura apresentou o que seria um plano de retomada da economia local. Porém, outros números influenciaram as decisões de retomada das atividades econômicas: os números de contaminados e mortes causadas por Covid-19 na cidade. Sobre isso, publicamos uma reportagem em 10 de maio que analisava as necessidades e os riscos dessa retomada.

Enquanto a cidade alternava entre flexibilizar e endurecer medidas, os comerciantes de Mariana demonstravam preocupação com a manutenção dos empregos de seus funcionários. Para amenizar a queda das vendas e evitar demissões, muitos apostaram em serviços de delivery e vendas pela internet

Nessa linha, a Entrevista Primaz recebeu Kelson Douglas, gestor da Vale dos Inconfidentes (Valin), startup de tecnologia situada em Passagem de Mariana. Na entrevista, Kelson alertou que, mais que criar um sistema de e-commerce na cidade, é preciso promover uma “transformação digital dos empreendedores locais”. 

Bancos 

As agências bancárias também tiveram papel de destaque nos primeiros 100 dias de Covid-19 em Mariana, mas por serem causadoras de grandes filas e aglomerações no centro da cidade. Como tentativa de conter a contaminação, a Prefeitura anunciou o fechamento dos bancos, por meio da suspensão dos alvarás de funcionamento. Apesar disso, noticiamos sobre uma brecha jurídica que permitiria a abertura dos bancos privados. Antes mesmo de uma disputa judicial, a Prefeitura editou um novo decreto que permitia novamente o funcionamento das instituições.

Clientes formaram fila para atendimento bancário na manhã de sexta (15) em Mariana - Foto: Lui Pereira/Agência Primaz
Clientes formaram fila para atendimento bancário na manhã de sexta (15) em Mariana - Foto: Lui Pereira/Agência Primaz

Mais tarde, também noticiamos que a agência da Caixa de Mariana não atendeu às recomendações do Comitê Gestor e optou por não testar todos os seus funcionários, mesmo com 03 colaboradores que testaram positivo para Covid-19. Assim, nos primeiros 100 dias de Covid-19 em Mariana, as agências bancárias atuaram mais como centros de contágio do que apresentaram alternativas para os impactos financeiros da crise.

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