- Mariana
Museu de Mariana apresenta sua programação anual
Evento, realizado nessa terça-feira (30), detalhou as atrações programadas, com destaque para novidades como o projeto Sons do Brasil
Com a presença de representantes da mídia local e regional, e contando com a participação de Zaqueu Astoni, presidente do Museu Boulieu (Ouro Preto) e do representante do Instituto Cultural Vale, Wagner Tameirão, a direção do Museu de Mariana apresentou um breve retrospecto das ações realizadas desde a inauguração, detalhando as atrações que compõem o calendário 2024 – 2025 (até fevereiro), com destaque para novas parcerias e incremento do alcance das oficinas oferecidas, proporcionando uma aproximação ainda maior com a população marianense e também com seus visitantes.
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Retrospecto da atuação do Museu de Mariana
Depois de uma manifestação do vice-prefeito, Cristiano Vilas Boas (PT), representando o prefeito de Mariana, Celso Cota (PSDB), Edineia Araújo, Diretora-presidente do Instituto Cultural Aurum, gestor do Museu de Mariana, apresentou um breve resumo das atividades desenvolvidas, desde a inauguração do museu.
“Fizemos dez eventos nesses sete meses, eventos com porte maior. Mas entre os eventos menores e os maiores, nós tivemos um público de 5 mil pessoas nesses 10 eventos. O nosso educativo interagiu com 80 instituições locais e instituições que nos procuraram, como escolas de Belo Horizonte, faculdades, vários outros grupos da terceira idade. No total foram 80 instituições que fizeram visitas mediadas aqui conosco e, nesses sete meses, nós temos atingido 2800 alunos nas visitas guiadas”, informou Edineia.
Antecipando a apresentação da programação anual, Edineia ressaltou a importância da parceria com o Museu Boulieu, de Ouro Preto, também gerido pelo Instituto Aurum.
“O fato de a gente ter a mesma equipe de direção dos dois museus nos traz algum tipo de facilidade e a gente só consegue fazer esses eventos maiores, com artistas mais consagrados, por causa dessa parceria. Isso porque você traz o artista, ele faz duas apresentações, mas é uma passagem, é um deslocamento para o aeroporto. Então, isso nos ajuda a diminuir custos”, destacou a diretora-presidente.
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Programação anual do Museu de Mariana
O Museu de Mariana, no ano passado, tinha o Sílabas e Sons financiado pelo próprio museu. Esse ano o projeto estendeu as suas fronteiras. Foi feito um acordo com a Secretaria de Cultura do Estado de Minas Gerais e com a Secretaria de Cultura do Estado do Espírito Santo. Então, hoje, o Sílabas e Sons, financiado também pelo Instituto Cultural Vale, ele acontece em Mariana, acontece em Ouro Preto e passa a acontecer também na Casa do Governador, em Vila Velha [Espírito Santo]”, ressaltou Edineia.
Como principal novidade, a diretora-presidente anunciou o acerto para três edições do projeto Sons do Brasil. “Uma outra parceria que a gente conseguiu firmar foi com o projeto Sons do Brasil. No ano passado ele aconteceu em outubro, e esse ano a gente conseguiu, uma edição menor, que vai acontecer às quintas-feiras. A gente faz um mês dos Silabas e Sons, o outro mês o Sons do Brasil, alternando os dois eventos”.
De acordo com a programação anual apresentada, o Sons do Brasil vai ter edições em junho (Mês da Visibilidade LGBTQIA+), agosto e outubro.
Programas especiais e oficinas
O Museu de Mariana oferece uma vasta relação de programas, incluindo diferentes aspectos que o tornam um equipamento dinâmico e fortemente inserido na comunidade marianense, visando, na maioria dos casos, trazer a população para frequentar e usufruir de seus espaços físicos para o desenvolvimento de atividades criativas e educativas.
‘Meu museu, minha cidade: É tudo nosso” e “Mariana por quem a faz”, buscam, respectivamente, estimular a apropriação do museu pela comunidade, e resgatar vivências e novas interpretações, tendo como enfoque a participação de públicos em vulnerabilidade social.
Cumprindo uma missão de produção de conhecimento, o programa “Mariana em pauta” tem o objetivo de trazer ao público, de forma acessível e palpável, pesquisas históricas abordando temáticas tratadas no Museu de Mariana, bem como buscando preencher eventuais lacunas da exposição permanente.
Voltado para as crianças, o projeto “#ClubeMariana” oferece, mensalmente, apresentações teatrais e/ou musicais, enquanto o “#CurtaMariana” traz atividades no período de férias escolares, proporcionando a interação dos participantes com o Museu, de uma forma lúdica e divertida.
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“O cardápio de oficinas está em constante remodelação, porque a gente vai entendendo as demandas do alunado e dos professores. Então, é um projeto que consegue dialogar muito bem com a nossa comunidade, principalmente. E aí, através do cardápio, a gente consegue firmar as parcerias com as escolas municipais e estaduais, e consegue atender nossa comunidade através de uma série de oficinas que atende às mais variadas idades e também as mais variadas temáticas”, destacou Nathália Rezende.
Dois pontos importantes apresentados pela coordenadora do setor educativo do Museu de Mariana são o projeto de extensão “Oficina de Conteúdo Audiovisual: folhinha de Mariana” e o simpósio “Patrimônio para além da fronteira do ontem”, programado para setembro, além da participação na Semana Nacional de Museus, agendada para o período de 13 a 19 de maio.
“Esse documentário é uma forma da gente conseguir trazer um pouco mais sobre a Folhinha de Mariana. É um patrimônio material da cidade, só que carece ainda de muitas informações. Então, em diálogo com alguns parceiros, como o pessoal da NITRO, responsável inclusive pela exposição Moradores, e também com a UFOP, a gente vai produzir um documentário”, afirmou Nathália, destacando que a iniciativa vai permitir uma espécie de retribuição dos alunos de Jornalismo à cidade que os acolhe.
Abertura oficial da programação anual 2024-2025 e acessibilidade
Embora já com atividades, em especial do Cardápio de Oficinas, já acontecendo desde o início do ano, a largada oficial do calendário 2024-2025, o dia da apresentação da programação anual foi ainda marcado pela abertura da exposição temporária “Camada por Camada” e da segunda edição do ano do “Sílabas e Sons”, com Maria Ribeiro.
“Hoje a gente vai estar inaugurando uma exposição maravilhosa, Camada por Camada, que é uma exposição da Carol Reis e da Valentina Bochetto. Elas vão trazer para nós todo um estudo, um projeto em que elas colocam como protagonista a cebola, em diferentes interpretações artísticas e poéticas”, anunciou Nathália Rezende.
Ao final, Edineia Araújo mencionou o desenvolvimento de um projeto para garantir acessibilidade total ao museu e às suas atrações. “A gente acabou de contratar agora, há 15 dias atrás, uma empresa que vai trabalhar toda a parte de acessibilidade do museu. Porque a gente tem os elevadores, tem as rampas, mas tem outras acessibilidades. Mas é um processo longo, ele dura no mínimo oito, nove meses para ser produzido”, afirmou Edineia, manifestando sua expectativa de que ele esteja finalizado até o final deste ano ou, no máximo, no começo de 2025, “para que o museu esteja realmente todo adaptado para atender todas às necessidades do nosso público, que é variado”.