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Hoje é sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Artista plástica de BH cria tintas minerais ecológica atóxicas

Os pigmentos são extraídos de resíduos minerais da região do Serro (MG)

Artista mineira cria tintas a partir dos rejeitos de mineração
Artista mineira cria tintas a partir dos rejeitos de mineração - Foto: Divulgação/Assessoria de Imprensa

Ana Elisa Murta é o nome da artista plástica mineira responsável por criar as tintas ecológicas. Alérgica aos componentes das tintas usuais, a artista passou a usar os rejeitos do processo de retirada dos minérios da terra como matéria prima. Uma obra produzida pela Ana Elisa Murta com pigmentos naturais extraídos das pedras minerais, foi leiloada por £15.000,00 (aproximadamente R$105.000,00) em uma ação social promovida pela ONG GERANDO FALCÕES, no mês de abril, em Londres. Todo o valor arrecadado será destinado à transformação das comunidades das favelas brasileiras.

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Desenvolvimento das tintas

As tintas convencionais presente no mercado têm em suas composições os COV’s (Compostos Orgânicos Voláteis), que representam sérios problemas ambientais e à saúde. Apesar de já haver tintas livres de COV’s no mercado, o material desenvolvido por Ana Elisa tem como base o aproveitamento completo de resíduos minerais, que normalmente são descartados como estéreis ou rejeitos. Este processo reduz o impacto ambiental da mineração e produz tintas de alta qualidade e custo reduzido.

Foram alguns anos de estudo e um trabalho minucioso de desenvolvimento no qual Ana buscou inspiração nos materiais que são descartados pelas mineradoras e viu ali um produto em potencial a ser explorado. Os pigmentos são extraídos de pedras minerais como a mica, o quartzo e a hematita encontradas na cidade do Serro, entre outras localidades, em Minas Gerais.

Em Mariana, na Escola de Ofícios Tradicionais, são oferecidos minicursos de pintura, um dos quais é o de ‘Tintas da Terra – Produção de Tintas com Pigmentos Naturais”, no qual os alunos aprenderão sobre pigmentos naturais, desde a extração até a produção e aplicação, além de catalogação de cores de terra e confecção de paleta. O curso destaca a importância das tintas naturais na conservação de edificações históricas, aplicação em trabalhos artísticos contemporâneos, impacto ambiental e sustentabilidade.

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Além do impacto positivo à natureza, Ana Elisa tem uma preocupação social com seu trabalho já que a extração dos pigmentos, que resultam em um produto livre de toxicidades, é feita por moradores locais, fomentando a geração de renda.

“Sempre tive uma preocupação com a origem e pureza das tintas e seu descarte. Utilizo ainda outros elementos encontrados na natureza. Ao escolher materiais sustentáveis e adotar práticas responsáveis, busco honrar a natureza e manter o ciclo da vida e da arte em equilíbrio”, conta Ana Elisa Murta

Atualmente, o produto está em fase de testes para aplicação em paredes. Os resultados dos estudos atuais têm se mostrado favoráveis com tonalidades e texturas únicas que, em breve, estarão disponíveis para arquitetos e demais profissionais da área de decoração. A artista espera alcançar a produção em escala das Tintas Minerais Ecológicas para oferecer ao público em geral produtos sustentáveis, de baixo custo e com propriedades favoráveis à saúde dos consumidores.

Exposição de obras feitas com as tintas atóxicas e ecológicas

A artista exibiu seus trabalhos, feitos com as tintas especiais, em Londres com a exposição “Color Diving”
A artista exibiu seus trabalhos em Londres com a exposição “Color Diving”- Foto: Divulgação/Assessoria de Imprensa

Os quadros da artista já foram expostos na Sala Brasil, na Embaixada do Brasil, em Londres, na Inglaterra, em 2023. Foi a primeira vez que a artista exibiu seus trabalhos no cenário internacional com a exposição “Colour Diving”.

Este ano, no mês de abril, Ana Elisa participou de uma ação social promovida pela ONG GERANDO FALCÕES, uma rede que trabalha incansavelmente para interromper o ciclo de pobreza nas favelas brasileiras, por meio da inovação e da tecnologia.

 Nesta iniciativa, a artista doou uma das obras que fez parte da exposição “Colour Diving”, que foi leiloada por £15.000,00 (aproximadamente R$105.000,00). 

Todo o valor arrecadado será destinado à transformação das comunidades das favelas brasileiras. “O poder da arte como uma ferramenta para a mudança social, reforça o compromisso de trabalhar em prol de práticas sustentáveis e também para a promoção da Responsabilidade Social”, afirmou Ana Elisa

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Ana Elisa Murta

A artista é alérgica às tintas tradicionais
O estilo de obras da artista refere-se ao expressionismo abstrato- Foto: Divulgação/Assessoria de Imprensa

Nascida em Belo Horizonte, Ana Elisa Murta é uma artista brasileira com foco no expressionismo abstrato. Desde muito nova, ela criava e experimentava com cores e imagens, tendo participado de inúmeras aulas de arte e mantido uma conexão duradoura com o desenho e a pintura como meios de expressar suas emoções e pensamentos mais profundos. Somente depois de se formar em direito e construir uma carreira bem-sucedida no mundo dos negócios que ela finalmente pôde se dedicar intensamente à sua prática artística. Desde 2019, mantém uma agenda artística movimentada, já expôs individualmente em São Paulo, Belo Horizonte, Cascais, Montreux, Pully e Londres.

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