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Hoje é sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Cruzeiro Futsal sofre para vencer Barroca Tênis Clube

Com maior posse de bola e domínio das ações, equipe celeste esbarra na forte marcação, grandes defesas e falta de pontaria de seus próprios jogadores

Partida entre Cruzeiro e Barroca foi válida pelo segundo turno do Campeonato Metropolitano de Futsal
Partida entre Cruzeiro e Barroca foi válida pelo segundo turno do Campeonato Metropolitano de Futsal – Foto: Luiz Loureiro/Agência Primaz

Nesse sábado (20), na Arena Mariana, Cruzeiro e Barroca protagonizaram um jogo em que o placar não refletiu as ações em quadra, mas premiou o esforço e a dedicação tática da equipe visitante. Com marcação forte, atuações magníficas dos goleiros, e uma boa dose de sorte, o Barroca saiu satisfeito com seu desempenho, embora tenha tido chances de, até mesmo, conseguir o empate. Pelo Cruzeiro, restaram as lamentações pelo grande número de gols perdidos e a certeza de que é preciso muito trabalho para a sequência dos campeonatos em disputa.

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Barroca Tênis Cube disputa um campeonato diferente

Paulo Rassa passou a comandar o Barroca após a goleada sofrida contra o Cruzeiro, no primeiro turno, mas não conseguiu resultados satisfatórios nos dois jogos seguintes, quando perdeu para o América e para o Minas Tênis Clube. Como equipe amadora, o técnico afirma que o campeonato disputado pelo Barroca é uma competição diferente do que é mostrado na tabela do Metropolitano. “O nosso campeonato não é contra o América, nem contra o Cruzeiro ou contra o Minas. O Barroca é amador, eu não tenho remuneração, muito menos atletas. Mas existe um grupo de abnegados para participar do processo. Ninguém tem culpa disso, mas o meu campeonato é contra Congonhas e contra o Sete”, esclareceu Paulo Rassa.

Ciente da diferença técnica entre as equipes, Paulo Rassa, técnico do Barroca, passou o jogo todo muito agitado junto ao banco de reservas, na tentativa de fazer prevalecer o objetivo do time na partida
Ciente da diferença técnica entre as equipes, Paulo Rassa, técnico do Barroca, passou o jogo todo muito agitado junto ao banco de reservas, na tentativa de fazer prevalecer o objetivo do time na partida – Foto: Luiz Loureiro/Agência Primaz

Por esse tipo de situação, Rassa considera que “o título, para o Barroca, é o quarto lugar”, única vaga em aberto na fase de classificação, ressaltando que a equipe já derrotou o Sete de Setembro uma vez e ainda tem duas partidas para fazer contra a equipe da Prefeitura de Congonhas.

“É um privilégio jogar contra um time de camisa, com uma estrutura centenária, e com uma cidade que abraçou o time”, ressaltou o técnico, acrescentando que o Barroca veio para não permitir a goleada do primeiro turno, mas também para proporcionar ao público um grande espetáculo. “Nós viemos aqui para perder de pouco. No primeiro turno, eu não estava no comando do time e perdemos de 9 a 0. Eu falei para os jogadores que nós viemos para abaixar esse placar hoje. Com muita humildade, com as sapatilhas da humildade, marcando atrás e tentando, quem sabe, ferir o Cruzeiro uma hora ou outra”, finalizou Paulo Rassa em entrevista concedida à reportagem da Agência Primaz, momentos antes do jogo ser iniciado.

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Igualdade no primeiro tempo

A partida foi iniciada com os jogadores do América exercendo uma forte marcação baixa, permitindo a troca de passes do Cruzeiro, mas impedindo que o adversário criasse muitas chances, exceto em bolas de longa distância, que começaram a exigir boas defesas do goleiro Bruce, ou que iam direto para fora ou ainda desviada pelos defensores.

E foi assim que surgiram as duas melhores chances do Barroca na primeira etapa, ambas em contra-ataque, quando Jonathan recebeu de Paulinho, completamente livre diante de Nico, mas bateu fraco, facilitando a defesa do goleiro. Poucos segundos depois, foi a vez de Matheus Felipe se atrapalhar todo e pisar na bola, depois de excelente passe de Jonathan, permitindo a recuperação da defesa.

Na sequência, o Cruzeiro começou a impor um ritmo mais forte, criando várias chances, mas desperdiçando as oportunidades com chutes sem direção, excelentes defesas de Bruce e acertando a trave em duas ocasiões. Sem conseguir contra-atacar, o Barroca começou a acumular faltas, atingindo a quinta quando ainda faltavam aproximadamente 2 minutos para o fim do primeiro tempo, que foi encerrado sem a abertura do placar.

Goleiro do Barroca comemora o desempenho do time

A principal proposta de jogo nossa é essa, é a verticalidade de jogo, é a gente conseguir transferir a bola, descer a marcação dos outros times. Então, eu estou muito satisfeito, estamos conseguindo fazer bem esse papel”, declarou o goleiro do Barroca no intervalo, lamentando as oportunidades perdidas pela equipe.

Em relação à pressão exercida pelo Cruzeiro, Bruce afirmou que, mesmo sabendo “da qualidade da equipe do Cruzeiro, uma equipe que está disputando o Campeonato Nacional, a gente veio aqui para jogar, com as sapatilhas da humildade, como nosso técnico sempre fala. E vamos tentar fazer um segundo tempo igual o primeiro, com muita intensidade, com muitas trocas, com todo mundo jogando, e tentar fazer um gol lá neles também”.

Amadora, a equipe do Barroca reconhece a superioridade de Minas, Cruzeiro e América, mas pretende garantir sua presença na fase semifinal
Amadora, a equipe do Barroca reconhece a superioridade de Minas, Cruzeiro e América, mas pretende garantir sua presença na fase semifinal – Foto: Luiz Loureiro/Agência Primaz

Do lado do Cruzeiro, o recém-chegado Neto (91) demonstrou esperança em um desempenho melhor da equipe no segundo tempo. “Na minha opinião, o time não está jogando mal, não. Já perdeu várias oportunidades, acho que já bateu na trave três vezes. Acho que só tem que ter calma na hora de definir e, no segundo tempo, vai dar tudo certo”, afirmou.

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Gols só apareceram no segundo tempo

O Barroca voltou à quadra com Stoupa (1) no lugar de Bruce (13), enquanto o Cruzeiro manteve Nitti (26) no gol, que já havida entrado em quadra, no primeiro tempo, no lugar do goleiro Nico (98).

E os primeiros instantes da etapa complementar pareciam confirmar o otimismo de Neto. Com apenas 18 segundos, Neto serviu a Raime (76), que bateu rasteiro. O goleiro Stoupa deu rebote, Neto recuperou e passou para João Vítor que, dentro da área, tocou rasteiro, sem chance para o goleiro. Logo em seguida, João Vitor teve outra boa chance e bateu rasteiro, com força, mas a bola passou à direita do goleiro da meta defendida pelo Barroca.

Logo depois do gol sofrido, o Barroca ameaçou o empate. Fernandinho (5) recebeu lançamento do goleiro e tentou desviar de Niti, que fez boa defesa, cedendo o escanteio. Pouco depois, em jogada recuperada na saída errada de jogo, Paulinho (11) faz excelente jogada individual e arremata de longe, mas o Niti faz excelente defesa.

Animado pela torcida, o Cruzeiro continuou forçando o jogo, mas o roteiro do primeiro tempo foi mantido, com muitas chances perdidas e excelentes defesas de Stoupa, mas também acertando a trave mais duas vezes.

Aos 13 minutos, uma excelente jogada de João Vitor, que fez o giro em cima da marcação de Matheus Felipe, avançou e tocou para dentro da área. Jeffe (77), com um leve toque, deslocou o goleiro e fez o segundo gol do Cruzeiro.

Jeffe (77) agradece a assistência recebida de João Vitor, no segundo gol do Cruzeiro contra o Barroca
Jeffe (77) agradece a assistência recebida de João Vitor, no segundo gol do Cruzeiro contra o Barroca – Foto: Luiz Loureiro/Agência Primaz

Mesmo forçando o ritmo e com constantes trocas do quarteto em quadra, o Cruzeiro não conseguia ampliar o placar, vendo o goleiro Stoupa se destacar na partida, com muitas boas defesas, enquanto o Barroca parecia conformado com o resultado sofrendo poucos gols.

Mas, numa boa troca de bolas no ataque, acontece o passe de Matheus Felipe para Jonathan, que desvia de Nitti com um leve toque, marcando para o Barroca a pouco mais de 5 minutos para o término da partida.

Nos últimos instantes, com o Barroca adotando a formação com Paulinho (11) de goleiro-linha, Ari recupera a bola e, de sua quadra de defesa, chuta para o gol vazio, mas a bola bate na trave e é recuperada por Jonathan.

Destaque do time, com um gol e uma assistência, João Vitor se mostrou decepcionado com o resultado e com a postura da equipe. “Nosso time vem deixando a desejar. A gente vem achando que vai ganhar o jogo a hora que quiser, mas não é bem assim o futsal. A gente sabe que, do outro lado, tem quatro homens correndo igual a gente. Eu acho que tem que entrar com o pezinho no chão. Ficou barato, a gente criou bastante mesmo, mas também erramos na última bola”, desabafou o atleta.

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