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Hoje é sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Eleitorado de Mariana aumentou mais de 7% desde 2020

Mesmo com menor crescimento, desde 2020, Ouro Preto continua sendo a cidade com maior número de eleitores na Região dos Inconfidentes

Minas Gerais tem o segundo maior eleitorado do país
Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do país - Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados

De acordo com os dados divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), na última quinta-feira (18), o eleitorado mineiro cresceu 3,65% desde a última eleição municipal em 2020. No total, são 16.468.155 pessoas aptas a ir às urnas no dia 06 de outubro. Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do país, representando 10,56% do total de 155.915.680 pessoas. Além da distribuição geográfica, os dados divulgados também apresentam as estratificações relacionadas a gênero, nome social, idade e pessoa com deficiência.

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Evolução do eleitorado em Minas Gerais

As mulheres continuam sendo a maioria do eleitorado mineiro, com 52%, mesmo percentual de 2020. O número de pessoas que escolheu usar o nome social no título de eleitor, entretanto, passou a ser quase o triplo do verificado nas últimas eleições municipais, passando de 1.035 para 3.024 pessoas. 

Outro aumento significativo foi na relação de eleitores jovens com idade entre 16 e 17 anos, para quem o voto é facultativo. Em 2020, o grupo representava 0,58% (92.114) do total de pessoas aptas, em 2024 são 0,9% (149.059). 

O número de pessoas que declararam ter algum tipo de deficiência teve aumento superior a 36%, subindo de 90.440, em 2020, para 123.433 pessoas este ano. Essa é uma informação autodeclarada, ou seja, o cadastro eleitoral só indica se uma pessoa tem algum tipo de deficiência quando ela própria informa essa condição ao buscar atendimento da Justiça Eleitoral.

Os três municípios com maior eleitorado são Belo Horizonte (1.992.984 pessoas), Uberlândia (530.871) e Contagem (459.110),  seguidos por Juiz de Fora (390.203), Betim (297.070), Montes Claros (277.710), Uberaba (238.276) e Ribeirão das Neves (213.114), constituindo o grupo de locais onde pode haver segundo turno, caso nenhum candidato a prefeito consiga mais de 50% dos votos válidos no primeiro turno. Na outra ponta da tabela, os três menores eleitorados encontram-se em Serra da Saudade (1.294), Cedro do Abaeté (1.473) e Grupiara (1.765).

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Evolução do eleitorado em Ouro Preto, Mariana e Itabirito 

Trazendo o foco para a Região dos Inconfidentes, Ouro Preto (64.522), Mariana (54.276) e Itabirito (44.581), somam 163.379 de pessoas aptas a votar, representando cerca de 0,99% do eleitorado de Minas Gerais. 

Ouro Preto segue com o maior número de pessoas aptas a votar, mas com o menor crescimento desde 2020 (5,1%), com composição por gênero majoritariamente feminino, 33.359, proporção idêntica à do eleitorado nacional (52%), e prevalência de pessoas entre 45 e 59 anos.

Cor, raça e etnia do eleitorado de Ouro Preto - 1
Cor, raça e etnia do eleitorado de Ouro Preto - 2
Em relação a cor e raça, em Ouro Preto, 3,74% do eleitorado se autodeclarou pardo, com 22 declarações como quilombolas

Pessoas que optaram pelo uso do nome social foram 25 e a grande maioria optou por não responder à questão da identidade de gênero, verificando-se 59.820 não informados, 4.461 cisgêneros e 20 transgêneros.  Já sobre o grau de instrução e estado civil, 31,53% do eleitorado tem o ensino fundamental incompleto (20.347) e a maioria é solteira, 67%.

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Evolução do eleitorado de Mariana, de 2012 a 2024
Evolução do eleitorado de Mariana, de 2012 a 2024

Mariana registrou o segundo maior aumento do eleitorado na Região dos Inconfidentes, com 7,3% de crescimento nos últimos quatro anos, quase o dobro (4,6%) da evolução entre 2016 e 2020. Entre os atuais 52.276 eleitores, 50,5% fizeram o cadastro biométrico. 

Assim como Ouro Preto, Mariana também tem 52% do eleitorado feminino (27.357) e predominância na faixa etária entre 45-59 anos (12.513). Doze pessoas estão aptas a votar com nome social e 17 pessoas se declararam transgêneras. A esmagadora maioria do eleitorado  marianense (pouco mais de 90%) não informou o gênero, enquanto o restante  se declarou cisgênero. 

Cerca de 28,73%  registrou o ensino fundamental incompleto como o grau de escolaridade,  91% não informou cor ou raça sendo que, do informado, a maioria se autodeclarou parda (5,03%), com 72 (0,14%)  pessoas se reconhecendo quilombolas.

grau de instrução do eleitorado de Itabirito
Estado civil do eleitorado de Itabirito
Grau de instrução e estado civil do eleitorado de Itabirito

Itabirito, embora tenha registrado o menor eleitorado da região (44.581) em 2024, com 60,90% de biometria, foi onde ocorreu o maior crescimento proporcional do número de eleitores desde 2020, com aumento de 7,6%. O município tem 51% do eleitorado feminino, 7 pessoas aptas a votar com nome social e 13 pessoas transgêneras. Em relação a idade e grau de escolaridade, Itabirito também mostra um número maior de eleitores na faixa de 45-59 anos, com formação incompleta do ensino fundamental, registrando 5,34% de eleitores pardos e apenas 0,01% quilombolas.

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Quociente eleitoral em Mariana

A partir da média das taxas de comparecimento e das porcentagens de votos válidos verificadas nas duas últimas eleições municipais (2016 e 2020), é possível fazer uma estimativa aproximada do quociente eleitoral na Primaz de Minas.

Em 2016, foram 39.517 (80,05%) comparecimentos, número que subiu para 39.993 (84,87%) quatro anos depois. Adotando a média de 82,46% de comparecimento, chega-se a  aproximadamente 43.107 eleitores com comparecimento nas seções eleitorais do município. Adotando-se ainda a média dos votos válidos nas eleições anteriores – respectivamente 36.820 e 36.411 para 2016 e 2020 -, estima-se que a eleição deste ano, com as hipóteses adotadas, apresente 40.210 votos válidos, representando um quociente eleitoral de 2.681 votos (divisão do número de votos válidos pelo número de vagas na Câmara Municipal).

Desse modo, cada partido ou federação terá direito, inicialmente, ao número de vagas na Câmara Municipal correspondente à divisão do seu total de votos válidos pelo coeficiente eleitoral. Não tendo sido preenchidos todos os assentos de vereadores, é feita uma nova rodada de distribuição de vagas, dividindo-se o número total de votos obtidos por partido ou federação, pelo número de vagas conquistadas na primeira rodada, acrescido de uma unidade, para determinar quais agremiações políticas terão mais um representante eleito, agora pelo chamado critério de média de votos.

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