- Mariana
Convenções ainda deixam indefinições na política marianense
Governo atual não define chapa e Juliano lança candidatura oficial, mas não apresenta vice
No último domingo (28), em convenção partidária da coligação PSB, Podemos, Solidariedade, União Brasil, PL e Republicanos, Juliano Duarte, atual vereador, lançou sua candidatura à Prefeitura de Mariana, porém sem anunciar o nome do candidato a vice-prefeito. Do lado da atual administração municipal, as convenções do PSDB, partido de Celso Cota, e PDT, apenas apresentaram as listas de concorrentes à Câmara, deixando a definição de eventual candidatura majoritária para as respectivas direções partidárias municipais, até 05 de agosto, mesmo prazo que Juliano tem para oficializar seu vice. No sábado, as convenções do Novo e da Federação Brasil da Esperança já haviam aprovado apoio à candidatura do vereador do PSB.
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PSB faz convenção conjunta com mais cinco partidos
PSB, Podemos, Solidariedade, União Brasil, PL e Republicanos fizeram convenção nesse domingo (28) na sede social do Marianense Futebol Clube, atraindo uma quantidade expressiva de personagens da política marianense como ex e atuais vereadores, pré-candidatos, membros de partidos políticos e simpatizantes, com manifestações dos presidentes dos seis partidos da coligação enfatizando o apoio à candidatura de Juliano.
“Está se criando um momento histórico em Mariana. Mariana vai ter a oportunidade, em um tempo muito próximo, de ter o Juliano Duarte na frente do executivo. É uma satisfação enorme para todos nós, porque em um ano e seis meses você fez uma cidade gigante. Nesse tempo teremos uma arrecadação muito grande, mas com uma pessoa com coração maior ainda, que vai atender a todos e vai fazer com carinho a gestão de nossa cidade”, declarou Pedro Mol Leite, presidente do PSB em Mariana.
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Trajetória na política marianense e expectativas de Juliano Duarte
Em seu discurso, Juliano relembrou os 15 anos de sua trajetória política, com destaque para o período em que ocupou interinamente o cargo de prefeito de Mariana, de janeiro de 2021 a junho de 2022, considerando ter sido vítima de uma injustiça. “Era um processo que eu não fazia parte. Era um processo do candidato eleito contra o candidato em segundo lugar, eu não fazia parte. Foi muito sujo o que aconteceu. Eu não acompanhei, me deram uma rasteira e eu caí no chão. Continuaram achando que iriam apagar a minha história perante a população, me tiraram e perseguiram meus amigos, meus companheiros”, afirmou candidato.
Em outro trecho de seu pronunciamento, Juliano prometeu que, caso vença, o primeiro ano de governo será dedicado a “enxugar a casa”, para ter recursos financeiros e promover investimentos em outras áreas. Além disso, também destacou que sua política será baseada em diálogo e união, solicitando o mesmo a seus aliados. “Nós não vamos fazer uma política de ataque, é o que eu peço para todos os meus candidatos. Nós somos fortes, nós temos ótimos nomes aqui, nós temos nomes que serão eleitos, que estarão conosco e quem não for eleito, quem ‘tá’ comigo, eu vou segurar a mão, eu não vou abandonar ninguém em um momento ruim”.
Com o lema “Construindo uma nova história”, Juliano ressaltou para o público presente quais são suas expectativas para Mariana caso vença: “Eu quero para mim, minha família e para os meus filhos, uma Mariana que tenha água na torneira, uma Mariana que tenha segurança para nossa população. Eu quero uma Mariana que tem uma política habitacional para que as pessoas tenham direito à moradia digna. Eu quero uma Mariana que tenha um planejamento, que tenha trânsito. Eu quero uma Mariana que volte a ter a saúde que nós estamos perdendo. E é isso que nós vamos fazer”, declarou.
Como Juliano já havia adiantado anteriormente, não foi anunciado o nome do candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Juliano. Os partidos que compõem a coligação têm 05 de agosto para fazer o fechamento da ata da convenção, completando o processo de escolha dos candidatos. De acordo com Juliano, “muitos nomes interessantes estão sendo analisados” e que a escolha vai acontecer nos próximos dias.
“Eu nunca imaginei que eu teria uma decisão tão difícil como ‘tá’ sendo essa. Eu imaginava que seria uma decisão fácil e não ‘tá’ sendo fácil. Então, a gente vai pensar com muito carinho para que a gente possa montar o melhor grupo político, para que a gente chegue ao nosso objetivo e para que a gente promova uma nova história que nós queremos”, revelou Juliano Duarte.
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Quadro geral da política marianense ainda apresenta incertezas
Depois de muita demora, e com a presença dos atuais vereadores que compõem o chamado “chapão” organizado pelo prefeito Celso Cota, a convenção da Federação PSDB – Cidadania foi realizada no plenário da Câmara Municipal de Mariana, na manhã do último domingo (28).
Na abertura da convenção, Márcio Gomides, diante dos pré-candidatos da federação à Câmara, anunciou que a questão da chapa majoritária ficaria a cargo da direção, com prazo de definição até 05 de agosto.
Integrando a mesa, junto com seu filho, o deputado estadual Thiago Cota (PDT), Celso Cota saudou os candidatos e as candidatas de federação, destacando a importância de a reunião ser realizada no plenário da Câmara. “É importante esse momento, um momento histórico, e nós sabemos a força que essa casa tem. Essa casa é protagonista, realmente, de momentos muito importantes na vida do povo de Mariana, e não vai ser diferente. Eu acho que essa eleição proporcional é uma das eleições mais aguerridas que a gente teve a oportunidade de acompanhar. Disputar uma eleição para uma vaga nessas cadeiras aqui, realmente é um grande desafio e o PSDB hoje se sente muito honrado de ter um quadro extremamente qualificado”, afirmou o prefeito.
Na eleição proporcional, portanto, a Federação PSDB – Cidadania vai apresentar uma chapa integrada por nove dos atuais vereadores, dois ex-vereadores, a ex-prefeita Terezinha Ramos, e mais quatro mulheres, com filiação integral ao PSDB.
Situação semelhante aconteceu na convenção do PDT, com a apresentação da chapa completa de 16 postulantes à Câmara Municipal, e definição da questão de eventual apoio, ou até mesmo lançamento de uma chapa para a eleição majoritária ficando a cargo da direção partidária municipal.
Participando da reunião, Celso Cota falou sobre a situação criada com a sua desistência de concorrer à reeleição, mas concentrou sua fala na importância da participação feminina. “Eu ‘tô’ muito feliz nessas eleições porque eu ‘tô’ percebendo a presença forte das mulheres na política. Porque nós já tivemos momentos em que as mulheres estavam entrando na política apenas ‘pra’ poder cumprir uma obrigação legal partidária, mas quando a mulher vai para a vida pública, ela qualifica a vida pública, humaniza a vida pública”, afirmou.
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Falta de definição alimenta boatos e suposições
Durante as convenções realizadas tanto na Câmara Municipal, quanto no salão do Marianense, começaram a circular algumas notícias sobre a realização de conversas visando ao lançamento de uma candidatura apoiada pelo prefeito Celso Cota. Em uma delas, o nome de Cássio Ferreira Brigolini Neme, conhecido como Cassinho, filho do ex-prefeito Cássio Brigolini Neme teria seu nome sendo cogitado como candidato a prefeito pelo PDT. Em outra versão, Cassinho seria o vice do ex-vereador Gerson Cunha, candidato confirmado pelo PSDB à Câmara Municipal.
Após a convenção de seu partido, Cassinho falou com a reportagem da Agência Primaz, inicialmente demostrando satisfação por seu nome ser lembrado. “Eu fico muito honrado porque esses dias meu nome tem sido ventilado como possível candidato a prefeito e também como possível candidato a vice de alguém. E eu fico honrado, porque se eu como jovem, com 26 anos, recém-formado, eu devo isso a duas coisas. Eu devo isso ao meu pai, pela história que ele construiu aqui na primeira política que ele ganhou, em 89, se eu não me engano. E eu devo isso também ao trabalho que a gente vem fazendo”, reconheceu.
Entretanto, negou que essa hipótese tenha sido considerada oficialmente, tanto por ele quanto pelo partido. “Mas eu queria deixar registrado aqui que não existe nada disso oficial. Eu não me pronunciei hora nenhuma como pré-candidato a prefeito. E isso é um ruído que vem, que não tem nada confirmado. Eu sigo minha caminhada como pré-candidato a vereador”, finalizou Cassinho.
A despeito disso, a Agência Primaz apurou junto a uma fonte ligada à direção do partido, que o nome de Cassinho foi efetivamente colocado à disposição do grupo político capitaneado por Celso cota, mas que o partido só manteria a indicação na condição em que o pedetista ocupe a cabeça da chapa. “O PDT só aceita Cassinho como candidato a prefeito. ‘Pra’ vice, não. De ninguém!”, assegurou nossa fonte.
