- Mariana, Ouro Preto e João Monlevade
Corte orçamentário pode gerar déficit de R$6,4 mi para UFOP
O orçamento da Universidade sofre queda há anos e a situação se agrava em 2025.
- Maria Eduarda Marques
- Supervisão: Lui Pereira

A última reunião do Conselho Universitário, realizada dia 16 de abril, apresentou dados preocupantes acerca da situação financeira da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) após a sanção da Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê as receitas e fixa as despesas do Governo Federal. Na UFOP, se evidencia um corte de R$2,1 milhões no orçamento discricionário e, como resultado, uma estimativa de déficit dos recursos em relação ao orçamento de 2024, que já era insuficiente para pagar as despesas da instituição.
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Estimativa de despesas
A estimativa de despesas para 2025 é de R$77,8 milhões. Apesar disso, a verba inicial da UFOP este ano é de R$69,9 milhões, a serem aplicados em convênios, bolsas estudantis, restaurante universitário, contratos, entre outras despesas.
O pró-reitor de finanças, Thiago Augusto de Oliveira Silva, demonstrou que as despesas empenhadas neste ano já alcançaram o patamar de R$11,1 milhões do montante inicial, incluindo o déficit de R$3,2 milhões de 2024 que teve que ser liquidado com o orçamento de 2025.
Dessa forma, Thiago ainda explicou que, ao considerar a previsão de gastos com contratos e compromissos já assumidos pela instituição e manter o mesmo nível de despesas do ano anterior, projeta-se um déficit potencial de R$6,4 milhões, valor que pode aumentar substancialmente. Essa realidade aponta para uma precariedade orçamentária ainda mais severa para 2025.
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Comparação de custeio
A comparação do orçamento dos anos anteriores sinaliza a gravidade da situação a partir do corte preocupante, que impacta diretamente na qualidade dos serviços essenciais que a instituição oferece, como projetos sociais, pesquisa e extensão.
Em 2016, o total disponível era de R$100,3 milhões, que caiu para R$74 milhões em 2024 e para os R$69 milhões em 2025. Ou seja, a queda da dotação final do custeio discricionário já passa de 30% em relação a 2016.
“Esses dados refletem a fragilidade financeira das instituições públicas, remetendo-nos a uma busca incansável por alternativas para não comprometermos a qualidade dos nossos compromissos com o ensino”, relata com preocupação o reitor Luciano Campos.

Um dos exemplos que podem ilustrar esse problema é a suspensão temporária dos Restaurantes Universitários durante o mês de abril. O Diretório Central dos Estudantes da UFOP (DCE) realizou uma Assembleia para reivindicar o aumento dos valores do auxílio-alimentação adotados pela instituição.
Fonte: ACI/UFOP
