Patrícia Ramos é confirmada candidata a prefeita de Mariana pelo PSTU

Convenção aconteceu no último sábado (5). Além da chapa, partido definiu coligação com PSOL em “Frente Mariana Socialista”

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Patrícia defende criação de conselhos populares e maior participação de negros na política. Foto: Divulgação PSTU
Patrícia defende criação de conselhos populares e maior participação de negros na política. Foto: Divulgação PSTU

Na primeira semana de setembro, Mariana presenciou a confirmação de duas candidaturas ao cargo de chefe do Poder Executivo. Além da Rede Sustentabilidade ter confirmado o nome de Chico Veterinário, a convenção do PSTU, realizada no último sábado (05), definiu que a chapa será composta pelos professores Patrícia Ramos e Yuri Gomes. Além disso, a sigla confirmou uma coligação com o PSOL em torno da disputa à Prefeitura de Mariana, ainda que tenha montado uma chapa pura, ou seja, composta apenas por candidatos do partido.

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Ainda que as campanhas de pré-candidatura estejam dando lampejos, pelo menos desde abril, do que veremos nas próximas eleições municipais em Mariana, é agora em setembro que teremos definições de como será desenhado o próximo pleito. Isso porque os partidos têm até o próximo dia 16 para realizarem as convenções que definem os candidatos e alianças, e até 26 de setembro de 2020 para registrarem as candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No sábado (5), o PSTU de Mariana realizou sua convenção municipal de forma virtual e definiu quem serão as candidatas e candidatos do partido aos poderes Executivo e Legislativo da cidade. Patrícia Ramos e Yuri Gomes serão os candidatos a prefeita e vice pelo partido. Além disso, a legenda terá três candidatos a vereador.

Na convenção, Patrícia Ramos defendeu a criação de conselhos populares em áreas centrais como saúde, educação e segurança pública, além de defender a sua candidatura como uma provocação aos trabalhadores. “Esperamos que, com minha candidatura, mais trabalhadores e mais trabalhadoras se sintam representados e provocados a lutar contra as opressões e a exploração, porque o lugar da mulher trabalhadora e do povo negro trabalhador não é a escravidão do trabalho, mas sim à frente da política, da política revolucionária, da política dos de baixo contra os de cima”.

“O lugar da mulher trabalhadora e do povo negro trabalhador não é a escravidão do trabalho, mas sim à frente da política, da política revolucionária, da política dos de baixo contra os de cima” (Patrícia Ramos)

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Yuri Gomes, candidato a vice-prefeito, comentou a proposta de coligação inédita com o PSOL para a majoritária. “As eleições são para apresentar um projeto, mas não podemos ser sectários a ponto de não abrir diálogos. Tendo pleno acordo de ideias, não há razão de não estar juntos. A gente até disponibilizou o vice, mas eles optaram por não ter representante na chapa para o Executivo. São companheiros que estão na luta com a gente e eu acho que vai ser bom para todos”.

“A gente quer mostrar que Mariana não precisa ter um salvador da pátria. A gente tá cansado desses que falam e, na verdade, não estão salvando”. (Yuri Gomes)

O candidato a vice-prefeito pelo PSTU também adiantou alguns pontos que estarão na proposta de governo do partido. “Em primeiro lugar, a gente quer uma mudança na forma de governar a cidade. Queremos governar através de um conselho popular, eleito entre os trabalhadores e pequenos proprietários nos bairros. 100% do orçamento municipal será executado de acordo com as decisões desse conselho. Outro ponto é o combate concreto à corrupção e aos privilégios políticos. Além de propor que os salários de todos os agentes políticos da cidade seja equiparado ao de um professor da rede municipal, queremos realizar uma profunda auditoria pública e popular. Além disso, é importantíssimo falar das ocupações urbanas em Mariana que, aqui na cidade, as pessoas chamam de invasão. A gente precisa buscar a regularização de todas, em benefício dos trabalhadores. Nunca teve um projeto sério de habitação na cidade. Esse tipo de ocupação faz com que a população fique dependente das grandes companhias, como Vale e Mina da Passagem, e também dos políticos”, defendeu Yuri.

Patrícia Ramos

Patrícia Ramos tem 31 anos, é graduada em Letras pela UFOP e professora do estado de MG, em Antônio Pereira. É conselheira licenciada do Sind-UTE e constrói o Movimento Mulheres em Luta (MML), pelos direitos das mulheres. (Texto informado pelo PSTU/Mariana).

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