Gestão com pessoas e produtividade nas organizações

A Revista Exame em 2010 publicou uma matéria de extrema importância para os empresários que estão em busca de aumento de rentabilidade para seus negócios: as 500 maiores empresas do Brasil tiveram na ocasião um aumento de rentabilidade de 11,3 pontos percentuais durante o ano, as 150 melhores para se trabalhar 15,3 e as 10 melhores 18,4. Os resultados apresentados demonstraram claramente que as 10 melhores empresas para se trabalhar no Brasil tiveram um aumento de rentabilidade 68,8% a mais do que as 500 maiores. Surge então uma pergunta que não quer se calar: qual o segredo dessas 10 empresas? O que elas fizeram?

O fato é que as 10 melhores empresas para se trabalhar no Brasil possuíam um enorme diferencial em comum: possuíam implantado um sistema estratégico de gestão com pessoas. Eram empresas onde o ser humano era colocado em primeiro lugar como o seu maior patrimônio, em um clima de gestão participativa. Eram referência em termos de pagamentos de salários para seus colaboradores acima da média de mercado, possuíam programas de participação nos resultados, excelentes planos de benefícios, infraestrutura de elevado padrão de qualidade, tecnologias de ponta, plano de carreira bem estruturado, lideranças competentes, democráticas e participativas, baixo índice de rotatividade de pessoal – turnover e de acidentes e um ambiente de trabalho respeitoso, harmonioso e produtivo.

Nessa mesma linha, os Professores James C. Collins e Jerry I. Porrras publicaram em 1995 um livro que se tornou um best seller denominado “Feitas para Durar – Práticas bem-sucedidas de empresas visionárias”. No livro eles apresentaram um estudo muito interessante ao longo da linha do tempo, partindo de 1929 até 1990, comparando a valorização das ações das empresas do mercado de uma forma geral com a valorização das ações das empresas chamadas por eles de visionárias, que possuíam sistemas de gestão semelhantes às 10 melhores empresas para se trabalhar no Brasil, citadas acima. O estudo demonstrou que nas empresas do mercado de uma forma geral, cada US$1,00 investido em 1929 gerou um retorno cumulativo de US$415,00 até 1990. Já nas chamadas visionárias, o retorno foi de US$6.336,00, portanto um valor de US$5.921,00 ou 1.426% a mais por ação! Sem dúvida, uma diferença positivamente estrondosa!

Investir em gestão com pessoas com certeza dá resultado! Um trabalhador motivado age como se ele fosse o próprio dono do negócio! É criativo, busca soluções alternativas para os problemas da empresa, trabalha em equipe e investe de forma permanente no seu autodesenvolvimento.

Infelizmente, na maioria das vezes o que vemos por aí é uma realidade muito dura, muito diferente do que se pratica entre as melhores empresas para se trabalhar. É um grande número de empresas onde o trabalhador é tratado de forma grosseira e desrespeitosa e encarado como objeto totalmente descartável! As ferramentas de punição são as preferidas dos gestores: advertência verbal, advertência escrita, suspensão e justa-causa! A raiva e o medo imperam nesse tipo de ambiente de trabalho!

Não existem líderes, somente chefes! O trabalhador é encarado como preguiçoso e necessita de fiscalização permanente para que produza. Manda quem pode, obedece quem tem juízo é o grande lema dessas empresas.

Felizmente, uma mudança gradual vem ocorrendo por aí, a exemplo do que é praticado pelas melhores empresas para se trabalhar no Brasil. Quiçá essa onda contamine todos os empresários e o trabalho deixe de ser um fardo pesado para os trabalhadores, transformando-se em um meio de auto realização pessoal e profissional.

Quem tem ouvidos que ouça!

Se você quiser se aprofundar nesse tema, faça contato conosco! A Cesarius é especialista no assunto.