Cultura e Desenvolvimento

Recentemente, no dia 06/11/21, tive a honra de tomar posse como membro efetivo da Academia Marianense de Letras – Casa de Cultura. Confesso que senti-me deveras emocionado com tão grande honraria! Esse era um dos meus grandes sonhos desde o tempo de adolescência! Sempre que passava de frente do vetusto prédio ou quando entrava e via as fotos dos magnânimos membros estampados na parede, pensava comigo:

-Um dia ainda vou fazer parte desse grupo seleto!

O que eu não esperava era que esse belo sonho se tornasse realidade em tão curto espaço de tempo!

A história dessa Casa, com os ilustres personagens que por lá passaram é tão rica que vale a pena recordar alguns pequenos trechos.

Fundada em 1962 pelos ilustres intelectuais mineiros Waldemar de Moura Santos, Pedro Aleixo, Alphonsus de Guimaraens Filho, Salomão de Vasconcelos e Dom Oscar de Oliveira, entre outros, funciona como catalizadora da união entre muitos intelectuais que por aqui passaram, passam e ainda passarão. Esse prédio traz uma rica história!

Segundo o Historiador e meu nobre colega e amigo Rafael Arcanjo dos Santos, de 1733 a 1736 pertenceu ao Mestre-de-Campo Rafael da Silva e Souza, que o vendeu à Fazenda para funcionar até 1760, simultaneamente como moradia do Intendente Antônio Rodrigues de Macedo e repartição arrecadadora dos produtos da captação, do confisco e de escravos, arrematação em praça pública e tudo quanto entendia com o ouro destinado ao erário público. Depois desse período, o prédio voltou novamente a funcionar até 1947 como propriedade particular da família Souza Novais, quando foi vendido para Sílvio Ribeiro.  Finalmente, em 1969, o então Governador de Minas Gerais, Israel Pinheiro desapropriou o prédio, repassando para o funcionamento da Academia e outorgando-lhe o título de Entidade de Utilidade Pública Estadual. E agora, lá estou eu magnificamente honrado, ocupando a Cadeira de número 2 do meu Patrono Francisco de Paula Cândido, com meu retrato estampado na parede entre os grandes mestres da nossa tão amada Primaz!

Não tenho dúvidas que cultura e desenvolvimento andam estreitamente de mãos dadas; a Grécia antiga com seus filósofos já nos ensinou isso. Precisamos urgentemente investir de forma estratégica no desenvolvimento cultural da nossa cidade, transformando a Casa de Cultura verdadeiramente em um grande centro de encontro, exposições e reflexões de amantes das artes, quaisquer que sejam essas artes.

A Diretoria da Academia Marianense de Letras, tendo à frente a nossa querida e respeitada Dona Hebe Rôla e o Professor José Benedito Donadon Leal vem desenvolvendo um belíssimo trabalho nesse sentido! A evidência mais marcante e recente se estampa brilhantemente com a realização da 10ª Semana de Arte Aldravista e Feira de Livros, a FLIMARI – Estações Mariana que terá duração de 16 de novembro a 1º de dezembro. O evento tem como objetivo fomentar a circulação e o consumo de livros, ampliar o contato entre poetas aldravistas e aldravianistas, escritores, bibliotecários, livraria, alunos e artistas, estimulando a formação do leitor e novas práticas de leitura, bem como atividades que promovam a circulação e a comercialização de livros, por meio de expositores e artesanato literário.

Também nessa ocasião, durante o evento no dia 27/11/21, às 19hs, terei o prazer de promover o lançamento do meu novo livro “Gestão e Cidadania – Temas para Reflexões”, um compêndio de artigos divulgados no Jornal Panfletu’s no período de 2017 a 2020.

Quiçá o cidadão marianense se sensibilize e privilegie de forma intensa a realização desse evento com a participação efetiva durante as atividades. Cultura é sinal de desenvolvimento!

Quem tem ouvidos que ouça!

Se você quiser se aprofundar nesse assunto, faça contato conosco! Investimento na cultura é uma das prioridades da Cesarius Gestão de Pessoas.