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Hoje é sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Vale muito e nada custa

“A gentileza não diminui com o uso. Ela retorna multiplicada." (Gandhi)

Os textos publicados na seção “Colunistas” não refletem as posições da Agência Primaz de Comunicação, exceto quando indicados como “Editoriais”

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Existem alguns comportamentos saudáveis que não nos custam nada e no entanto possuem um elevado valor significativo, contribuindo para a criação de um ambiente mais fraterno e prazeroso, envolvendo de forma espontânea e positiva as pessoas com quem cruzamos pelo nosso caminho.

Normalmente, quase todos os dias, gosto de fazer uma caminhada no final da tarde, explorando prazerosamente a pista que liga Mariana a Passagem de Mariana, em um total de cerca de 07 quilômetros de extensão. Durante o trajeto, é muito comum cruzar com várias pessoas que possuem o mesmo costume que o meu e criei o hábito de desejar boa tarde ou boa noite, com um aceno de mão, a todos eles, de forma cortês. É muito interessante observar o comportamento dessas pessoas e a forma como elas reagem diante do meu cumprimento. Observar o comportamento humano é uma forma de aprendizado e creio que o compartilhamento dessa minha experiência com esse gesto simbólico possa nos trazer uma oportunidade de reflexão e aprendizado. Portanto, vejamos.

Classifico essas pessoas que encontro pelo caminho em quatro grandes grupos. O primeiro deles é formado por aquelas pessoas que parecem estar em transe, conectados em outro mundo, alheias ao verde da bela paisagem e às pessoas, caminhando plugadas com um fone de ouvido, ouvindo sabe lá Deus o quê! Quando   cumprimentadas, nem me veem; a impressão é que eu não existo para elas. Meu cumprimento cai no vazio! O mundo virtual obscurece o mundo real e elas seguem em frente, como zumbis! Infelizmente, creio que figuras como essas estão bastante espalhadas por aí! Os “netaholics”, viciados em internet estão à solta, tomando conta do mundo real!

O segundo grupo é formado por aquelas pessoas que me ouvem, mas fazem uma cara de estranhamento, talvez me julgando um louco por sair cumprimentando todo mundo e simplesmente não me respondem. Desejar boa tarde ou boa noite a uma pessoa estranha não lhes parece um comportamento muito comum a pessoas normais e seguem em frente, mudos em sua caminhada. Figuras como essa, infelizmente, estão espalhadas por aí! “O inferno são os outros”, como dizia Sartre! …

O terceiro grupo são aquelas pessoas que respondem ao meu cumprimento de maneira seca, maquinal, parecendo que estão em uma cerimônia cartorial, onde responder a um cumprimento é uma exigência formal. Respondem secamente e seguem em frente, como que cientes do dever comprido, afinal é falta de educação não responder ao cumprimento dos outros. Sobretudo respeito, mas mantenha-se à distância: provavelmente é o pensamento que passa pela cabeça desses pobres indivíduos!

O quarto e último grupo, o menor em escala numérica, considero o formado por pessoas especiais. Quando me veem se aproximando, logo levantam a mão, sorriem e retribuem meu comprimento com simpatia e cordialidade. Sinto uma sensação gostosa, um clima de irmandade espalhando-se pelo no ar! De vez em quando, até nos encontramos duas vezes, durante a ida e durante a volta, mas elas não economizam os cumprimentos; repetem-nos com a mesma cordialidade! Gentileza gera gentileza e seguimos os dois positivamente energizados a nossa caminhada.

Interessante e felizmente, tenho observado que o número de pessoas do último grupo, que respondem aos meus cumprimentos de forma simpática, tem aumentado! Talvez seja pela minha insistência, mas não importa o motivo, o que importa é que uma corrente harmoniosa vai se formando pelo nosso caminhar! Como é bom sentir que a corrente do bem se espalha pelo ar!

Em um mundo onde ouvimos e assistimos tantas coisas más, desejar um “bom dia”, uma “boa tarde” ou uma “boa noite”, de forma sincera, atenciosa e simpática para um irmão que cruza pelo nosso caminho, mesmo que ele não nos retribua, nãos nos custa nada mas tem um valor incomensurável! Quiçá essa prática contamine os nossos corações, formando uma corrente do bem, em casa, na rua, no trabalho ou em qualquer outro lugar, contribuindo de forma simples para criação de um mundo onde impere mais fraternidade, harmonia e paz!    

Quem tem ouvidos que ouça!

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Júlio César Vasconcelos, Mestre em Ciências da Educação, Professor Universitário, Coach, Escritor e Sócio-Proprietário da Cesarius Gestão de Pessoas
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