A evolução do capital humano nas organizações
“Posso criar o melhor modelo do mundo, mas se eu não tiver pessoas que acreditam, que estão comprometidas e motivadas, o negócio não vai para a frente”. (Luis Carlos Nacif – Diretor Geral da Microcity)
Os textos publicados na seção “Colunistas” não refletem as posições da Agência Primaz de Comunicação, exceto quando indicados como “Editoriais”
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Segundo alguns historiadores, o Departamento de Pessoal teve sua origem na época da escravidão, onde uma pessoa de confiança, conhecida como feitor ou capataz, tinha a rotina de contabilizar a quantidade de trabalhadores e cuidar de todas as questões relacionadas a eles, de forma desumana e autoritária. Com o surgimento das empresas e o crescimento da economia, as funções do feitor passaram a ser exercidas pelo “Chefe de Pessoal” que, infelizmente em algumas empresas, continuam com atribuições semelhantes àquelas de outrora, onde o empregado treme de medo quando é encaminhado para o Departamento de Pessoal.
Com a evolução dos tempos, no início do século XX, surgiu nas empresas a área de Relações Industriais, assim denominada devido à força do impacto da Revolução Industrial sobre as relações que envolviam empregador e empregado, com um foco fortíssimo na sistematização de regras e legislação envolvendo essa relação. Como dizia o próprio nome, as relações eram muito mais industriais do que humanas.
Na década de 90 começou a tomar corpo nas empresas a área de Recursos Humanos, ampliando as atribuições da área com um foco maior no aspecto processual do sistema dentro de uma organização. No entanto, o termo “recursos humanos”, na sua essência, ainda trazia (e traz) um caráter bastante utilitarista, tendo em vista que o conceito de recursos passa por algo que pode ser facilmente descartável, como qualquer um objeto, máquina ou equipamento que ficam obsoletos ou dão algum problema. Sendo assim, o ser humano tratado como recurso, ao menor sinal de “falha” estava (ou está) sujeito a ser substituído.
Felizmente, o sistema evoluiu e hoje se fala em gestão de pessoas, onde as lideranças em todos os níveis começam a entender de fato a importância estratégica do ser humano como o maior patrimônio de qualquer organização. Apesar da importância dessa evolução, esse termo também começa a cair em desuso, sendo substituído por termos mais avançados como gestão de talentos e desenvolvimento humano e, de forma mais estratégica para gestão com pessoas e aí começam a surgir os grandes diferenciais competitivos.
O conceito de gestão com pessoas muda de forma ainda mais profunda o modelo de gerenciamento, onde os líderes deixam de gerenciar as pessoas, como gerencia recursos financeiros e materiais e passa a gerenciar com as pessoas, trazendo em seu bojo o robusto conceito de gestão participativa. O velho e discriminatório termo mão-de-obra fica obsoleto, visto que os empregados, independentemente do cargo que ocupam, passam a ser entendidos não só como uma mão que executa o trabalho e não pensa, mas como cabeça pensante, indispensável e responsável pelo sucesso organizacional.
Os resultados dessa mudança têm sido excepcionais! Pesquisa divulgada pela Revista Exame em 2010 indicou que as empresas que investem estrategicamente nos seus empregados de fato e de direito como o seu maior patrimônio possuem rentabilidade cerca de 60% superior às demais. Com certeza, nos dias de hoje, esse indicador já alcançou patamares mais elevados.
Então, em qual nível está a sua empresa: Departamento de Pessoal, Relações Industriais, Recursos Humanos, Gestão de Pessoas ou Gestão com Pessoas? Ainda trata seus colaboradores como mão-de-obra?
Pense sobre isso! A chave para aumentar a rentabilidade da sua empresa está em investir de forma estratégica na gestão com pessoas, valorizando e reconhecendo seus colaboradores.
Se você quiser se aprofundar nesse tema, faça contato conosco. A Cesarius é especialista no assunto.