O Livro 03 das Quintas: Infâncias
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Cozinha materna
Doce fragrância
Cocada, pudim
Creme achocolatado
Infância!
Mais uma obra a ser lançada na 11ª SEMANA DE ARTE ALDRAVISTA na cidade de Mariana – MG; a terceira coletânea de quintas (poesia de cinco versos), cujo título é infância. Os autores quintanistas, imbuídos da preciosidade dessa fase da vida, teceram suas quintas com máxima poeticidade, musicalidade, ritmo e riqueza imagética. A infância traz um dos mais ternos sentimentos: a brincadeira, o espírito da inocência, o descobrimento, a alegria desmedida, as peraltices, a presença de pais, irmãos, colegas e amigos. Sobre a infância, uma infinidade de poetas fiaram seus versos e motivos. A escritora Cecília Meireles dizia que “tudo é mistério nesse reino que o homem começa a desconhecer desde que começa a abandonar”. Tudo é mistério quando a vida se desponta para um olhar curioso, lírico e sensível sobre o período de descoberta e início da vida.
Apresentamos no Livro 3 das quintas, textos que falam sobre levezas, olhares curiosos, meninices, através de cinco versos; os quatro primeiros bivocabulares e o último, univocabular. Quinta é poesia minimalista, mais uma forma da Arte Aldravista, em comemoração à história da Literatura e da Arte do Movimento Mineiro, cujo bastião é tocar a sensibilidade humana. Nada mais propício para tocar os sentimentos, do que falar sobre infâncias.
Walter Benjamin escreveu: “Que as coisas continuem como antes: eis a catástrofe”. A infância é promessa de começo, testemunho do eterno retorno do novo e, portanto, de adiamento da catástrofe. Talvez seja por isto que todo poder conservador busque domesticar a infância: para manter um estado de coisas é preciso, injustamente, conter o indeterminado. Todavia, isto não é senão um modo grotesco de fracassar. Sejam quais forem as forças, a infância resiste: condição e promessa do vivo, ela afirma a persistência inegociável da mutação.
Eis o sentido do aforismo de Walter, a força motriz do universo infantojuvenil se faz presente nestes textos formatados com a ternura da infância, numa doce ciranda poética.
Quando as crianças brincam, segundo Fernando Pessoa, “qualquer coisa em minha alma começa a se alegrar. E toda aquela infância que não tive me vem, numa onda de alegria…”
Prezados amantes da leitura, eis nosso convite: venham participar da 11ª SEMANA DE ARTE ALDRAVISTA. Em cada página de livro, você reviverá um mundo de múltiplas infâncias, numa onda de alegria propiciada pela poesia.
Criança espiã…
Criança cientista…
Quanto talento
À nossa
Vista!