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Hoje é sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Jesus Cristo no WhatsApp

“Infelizmente, as belas mensagens de conteúdos altamente espiritualizados e construtivos são sufocadas nas mídias sociais por mensagens fúteis, falsas e de elevada leviandade, divulgadas por beócios inconsequentes”. (Vasconcelos, 2023)

Os textos publicados na seção “Colunistas” não refletem as posições da Agência Primaz de Comunicação, exceto quando indicados como “Editoriais”

Imagine, por um instante, que Jesus Cristo te enviou uma mensagem de áudio pelo Whatsapp e que você poderia ouvi-la no horário, no local e da forma mais adequada e confortável que quiser. O que você faria?

Nos últimos tempos, com foco no investimento do meu autodesenvolvimento espiritual, desenvolvi um costume que tem me trazido excelentes resultados. Todos os dias, imediatamente após acordar, dedico uma parte do meu tempo, relativamente pequena, mas grandiosa, com uma atividade dividida em três pilares básicos, fazendo o uso do celular: meditação “mindfullness”, reflexão e oração. Na parte de reflexão, acesso um canal de áudio da Rede eViva, com cerca de 10 minutos de duração, onde encontro uma leitura comentada do Evangelho. Logo após ouvi-la, com a melhor das intenções, tomo a inciativa de compartilhar o link com várias pessoas que tenho contato mais estreito, inclusive familiares, participantes de grupos de Whatsapp, entendendo que essas mensagens serão bem recebidas e também contribuirão para o crescimento das pessoas que as ouvirem.

Recentemente, movido pela curiosidade em saber o alcance dessas mensagens junto aos membros de cada grupo que envio, resolvi desenvolver uma enquete, também pelo Whatsapp, com 02 questionamentos: o primeiro perguntando se eles acessavam a mensagem enviada, com as opções de respostas: “Sim”, “Não” e “Às vezes”. O segundo questionamento, voltado somente para aqueles que responderam “Não” e “Às vezes”, perguntando o motivo, com as seguintes opções: “Não tenho interesse”, “Falta de tempo”, “Já acesso outro link com a leitura do Evangelho”, “Não acho esse canal adequado para esse tipo de divulgação” e “Outros”.

Confesso que o resultado me deixou bastante surpreso e, por que não, incomodado, sem qualquer tipo de julgamento ou cobrança! A enquete foi direcionada para 05 grupos de Whatsapp, com cerca de 129 participantes, em um período de 15 dias. Apesar do tempo disponibilizado, da facilidade para manifestação nas opções escolhidas (bastava um click) e da minha insistência, somente 48 pessoas responderam, o equivalente a 37% do total! Outros dois aspectos que também me incomodaram bastante foram com relação ao percentual de pessoas que responderam às opções “Não” ou “Às vezes”: 83% (35 pessoas), bem como os motivos declarados: “Não tenho interesse” 7% (03 pessoas), “Falta de tempo” 15% (06 pessoas), “Canal inadequado” 15% (06 pessoas), “Não acesso o grupo regularmente” 17% (07 pessoas)”, “Já acesso outro link” 20% (08 pessoas) e “Outros motivos” 27% (11 pessoas). Afinal, a mensagem divulgada não era minha, mas do Divino Mestre e, pelo que percebo, são todos cristãos e a grande maioria se diz católicos!

Apesar da amostragem não ser tão significativa em termos de quantidade de pesquisados e do número de respondentes, creio que, de qualquer forma, seja representativa e nos forneça uma boa oportunidade para uma pequena reflexão. 

Ficou no ar para mim uma pergunta que não quer se calar: por que tantas pessoas responderam “Não” ou “Às vezes”? Excluindo aqueles que responderam que já acessam outro link ou que não acessam regularmente o grupo (37%), como entender os demais motivos?

É um fato comprovado que se uma mulher com um belo corpo e em trajes de banho divulgar uma foto sua em uma praia paradisíaca, a quantidade de gente curtindo, clicando no joinha e fazendo comentários explode de um instante para o outro! Da mesma forma, também é um fato comprovado que se algum destemperado posta um monte de besteiras ou mesmo uma “fake news”, a repercussão é imediata! O número de acessos explode instantaneamente! Também é um fato comprovado a enorme quantidade de vídeos do Tik Tok que anda circulando por aí, cheio de futilidades e, da mesma forma a enorme quantidade de acessos.

O Natal está chegando por aí e acho que é um bom momento para refletirmos sobre o quanto estamos realmente abertos a ouvir a Palavra de Deus, principalmente nesse mundo poluído das mídias sociais, independentemente da religião! Não tenho interesse? Falta de tempo? Afinal são só 10 minutinhos em um dia de 24 horas! Outros motivos? Quais? Será que são realmente relevantes?

Afinal, o que precisa ser feito para que as mensagens da Boa Nova sejam bem recebidas nesse universo virtual tão cheio de ódio, caótico e fútil?   

Quem tem ouvidos, que ouça!

Picture of Júlio Vasconcelos
Júlio César Vasconcelos, Mestre em Ciências da Educação, Professor Universitário, Coach, Escritor e Sócio-Proprietário da Cesarius Gestão de Pessoas
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